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terça-feira, 5 de novembro de 2013

O que é indisciplina?

Exaustiva e desafiadora, a indisciplina representa uma enorme dificuldade para o trabalho dos professores. Não existe solução fácil, mas não desanime! Nesta reportagem, extraída da Nova Escola, convidamos você a refletir sobre as causas do problema. E neste conjunto de links, sugerimos mais de 90 alternativas para começar a vencê-lo. Boa leitura!

Paulo Vitale
Que a profissão docente passa por um momento delicado é algo reconhecido não apenas por quem faz da sala de aula o seu dia a dia, mas também pelos estudiosos que se debruçam sobre o assunto. Philippe Perrenoud, referência na sociologia da Educação, costuma afirmar que nunca foi tão difícil ser professor.
Isso porque a escola passa por dois movimentos de mudança - ambos externos aos seus muros. Por um lado, cobra-se cada vez mais tarefas da instituição: ensino dos conteúdos regulares, temas transversais, cidadania, ética, educação sexual e por aí vai. De outro, afirma o especialista, "as condições de exercício da profissão estão cada vez mais difíceis".
Entre essas dificuldades, a indisciplina lidera  a lista de queixas. Pesquisa realizada por NOVA ESCOLA e Ibope em 2007 com 500 professores de todo o país revelou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala de aula. Só quem sente na pele a questão no cotidiano tem a real dimensão de como o problema é desgastante, levando ao desestímulo com com a profissão e, muitas vezes, até ao abandono.
Mas, calma. Respire. É possível, sim, virar esse jogo. Quer conseguir uma turma atenta e motivada? Sim, é possível. Na maioria das vezes, trata-se de um trabalho de longo prazo, com avanços e recuos e rediscussões permanentes, em que o trabalho em equipe é essencial. Não há receita mágica, mas muitos caminhos para chegar lá.
Desde sua criação, NOVA ESCOLA ajuda você a lidar com a indisciplina. Nas páginas da revista, você encontra todo mês as reflexões de Telma Vinha, professora da Unicamp, que responde a dúvidas (reais!) sobre comportamento (clique aqui para ver todo o arquivo já publicado).
E, aqui no site, você tem acesso a dezenas de reportagens que exploram pormenores sobre o tema. No quadro à direita, selecionamos textos e recursos multimídia campeões de audiência. E, no quadro abaixo, reunímos mais de 90 links para atacar de frente a indisciplina e seus problemas correlatos, bullying e violência escolar.

Esta reportagem especial pode servir como porta de entrada para o assunto. Nela, fazemos um convite: é hora de rever sua ideia de indisciplina e o que há por trás dela. A proposta de reflexão é a seguinte: Será que existe algo que você pode transformar em sua prática pedagógica para diminuir o problema?
Para que você avance nessa reflexão, é preciso entender que a indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra.
1- O primeiro tipo são as regras morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos. Por exemplo, não xingar e não bater. Sobre essas, não há discussão: elas valem para todas as escolas e em qualquer situação.
2- O segundo tipo são as chamadas regras convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Aqui entram as que tratam do uso do celular e da conversa em sala de aula, por exemplo. Nesse caso, a questão não pode ser fechada. Ela varia de escola para escola ou ainda dentro de uma mesma instituição, conforme o momento. Afinal, o diálogo durante a aula pode não ser considerado indisciplina se ele se referir ao conteúdo tratado no momento, certo?
É na distinção entre moralidade e convenção que podemos começar a trilhar um caminho promissor. Na prática, separar uma coisa da outra não é fácil. Frequentemente, mistura-se tudo em extensos regimentos que pouco colaboram para manter o bom funcionamento da instituição e o clima necessário à aprendizagem em sala de aula.
"A situação piora ainda mais se essas convenções se baseiam em permissões, proibições e castigos sem nenhum tipo de negociação", explica Ana Aragão, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os cartuns do adorável Calvin, criação do norte-americano Bill Waterson, exploram com maestria essa constante (veja exemplos ao longo da reportagem ou clique aqui para acessar uma galeria com mais de 150 tirinhas).
Mas, e na vida real? Existe algum jeito de driblar essas situações que só tem graça no papel? Sim, e seu papel é fundamental. É o que discutimos na continuação deste texto.
Universal Press Syndicate
CONHECIMENTO É AUTORIDADE O que se espera da escola é conhecimento. É isso que faz o aluno respeitar o ambiente à sua volta. Se não, a tendência é ele procurar algo mais interessante para fazer. Universal Press Syndicate
Fonte: Nova Escola

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